Minha primeira punheta foi sozinho, ninguém me ensinou, ninguém me falou nada a respeito. Não lembro como e nem porque, só lembro que de repente eu estava toda hora no banheiro batendo punheta. Quando descobri o que era punheta, eu já batia há muito tempo. De repente, em uma punheta, uma água esbranquiçada saiu do meu pau, lembro como se fosse hoje, eu não lavei minha mão, esfreguei em uma folha de caderno que guardei por muitos anos, para sempre ver minhas primeiras gotas de porra. E como todos nós, a punheta fazia parte dos meus dias. Não só tocando, mas em pensamento mesmo, sempre que me reunía com os caras da escola ou da rua, tentava puxar o assunto punheta, eu gostava de falar de punheta e meu pau ficava muito duro com isso. Eu ia pro clube e toda hora saía da piscina e ia pro banheiro pra bater punheta. E não só eu, mesmo os que não admitiam, batiam também, Todos nós homens passamos por essa fase. Até que desenvolvemos mais, começamos a viver a sexualidade com outras pessoas, conhecemos mulheres ou homens para nos relacionar, e claro, a masturbação diminui, é normal que homens prefiram se relacionar do que apenas se masturbar. Mas comigo não foi assim. Enquanto os amigos iam pra balada para se relacionar, eu ia para me masturbar nos banheiros. Aliás, na volta pra casa sempre parava em algum lugar para me masturbar. O tempo passou, os caras mudaram seus comportamentos, mas eu continuava o mesmo punheteiro. Na faculdade só sabia punhetar, quando me formei, cheguei em casa e gozei em minha beca. O assunto dos caras era as mulheres que eles pegaram e comeram na noite de formatura, eu apenas escutava, pois nunca tinha conhecido uma de perto. Eu precisava mudar, mas não conseguia, sempre a punheta se colocava no caminho antes do sexo acontecer. Se ia sair em busca de sexo, acabava batendo uma antes. Eu já tinha 23 anos e minha sexualidade se resumia a me masturbar. Ao me abrir com um amigo, ele me disse que eu deveria parar de me masturbar antes de sair para encontrar alguém, pois gozar atrapalhava meu desejo. Ele não sabia que eu era virgem, mas certamente imaginava. Resolvi seguir seu conselho, e para minha surpresa, não dava. Eu simplesmente não conseguia parar de bater punheta. A tentativa de não bater punheta deixava meu pau duro, e de repente eu estava lá, socando uma. Me "obriguei" a ter relação com alguem e, mesmo tendo punhetado, fui ao encontro de uma pessoa em um bar. Entre um drink e outro, fui no banheiro e, adivinha... bati uma ali mesmo. Voltei pra casa bastante decepcionado, me sentindo um perdedor, e me entreguei de vez a punheta. Fiz da punheta minha válvula de escape para a frustração de não ser como os outros caras. Quando surgia o pensamento "preciso transar" eu batia uma punheta até gozar para não pensar mais. E para que eu não pensasse mais em transar, já acordava e batia punheta ainda na cama. Ao longo do dia, toda hora punhetava. O pau endurecia e eu parava qualquer coisa para punhetar. Aos 25 anos eu batia punheta como na fase em que conheci a masturbação, 4, 5, 6 vezes por dia. E, assim como descobri a punheta sozinho, descobri também que podia segurar a porra sozinho, comecei a me tornar um edger sem saber. Quanto mais o tempo passava, mais eu me masturbava, só queria ver pornô e bater punheta. A necessidade de sexo já não existia em minha mente, a punheta supria tudo. Descobri as salas de ate papo, um verdadeiro paraíso, onde eu podia fazer o que eu queria, que era bater punheta. Homens, mulheres, não importava, eu só queria abrir a cam pra socar meu caralho. Eu sabia que era sexualmente um perdedor, pois se aos 27 anos eu não havia conhecido sexo, eu não conheceria mais. Então eu só batia punheta, muita punheta, e os vídeos de sexo não tinham mais graça, aquilo não era pra mim. Comecei a procurar na internet sempre pela palavra punheta, e só me interessava ver macho punhetando. E numa dessas descobri um blog, "gozar pra que", que literalmente mudou a minha vida. Através daquele blog descobri que eu não era o único, muitos homens batiam muita punheta, muitos homens sequer transavam. E comecei a procurar por caras assim, e descobri que somos muitos, muitos mesmo. Aos 28 anos tive meu primeiro encontro com um cara, onde batemos muita punheta, gozamos duas vezes e, ao final de tudo, ele me disse que era doido pra comer um cu, mas nunca conseguiu porque a punheta era melhor. Conversamos bastante tempo sobre, e resolvemos que um poderia matar a vontade do outro, mas não aconteceu, todas as vezes que encontrávamos era a punheta que cantava. Tínhamos contato íntimo por mão amiga, frot e até docking, mas não saía disso. Pelo menos eu não era o único virjão punheteiro, havia um amigo igual. E juntos descobrimos na internet o termo solossexualidade. E claro, tudo mudou novamente, conhecemos outros caras igual a gente. Alguns ainda virgens, outros que haviam tido relações sexuais mas não praticavam há muito tempo, mas todos com uma coisa em comum: o prazer obtido pela masturbação. Aquela sensação de perdedor já não existia mais. Aliás, as oportunidades de sexo acabaram por se tornar corriqueiras, e todas foram dispensadas em nome da boa e velha punheta. E o que para muitos podia ser um fato inusitado, para o grupo de solossexuais não era: não ter transado era um troféu. Isso mesmo, ser um punheteiro virjão é uma grande qualidade entre os solossexuais. Bati punheta com vários outros depois disso, alguns solo, outros não, mas sempre deixei claro que queria punheta. Recebi uma vez a proposta de ser mamado, deixei, matei a curiosidade, mas poucos minutos depois parei. O mamador me ofereceu o cu, mas, ao contrário do que eu pensava, eu sou um punheteiro vencedor, e pude dizer com muita tranquilidade que não era minha praia. Durante todo esse tempo acabei me tornando compulsivo (coisa que nem todo solossexual é, pelo contrário), e hoje ainda toco bastante punheta, várias horas por dia, até mais de uma vez. Uso as mãos, brinquedos, as vezes até a mão de algum outro punheteiro. Mas tô sempre assim, desde a minha primeira punheta, nunca fiquei um único dia sem dar uma socada. E ser um punheteiro compulsivo não me incomoda e nem me atrapalha, pelo contrário, trabalho, ganho meu sustento, e ao chegar em casa encontro aquele que me satisfaz, o meu pau. E, com as tarefas do dia cumpridas, me dedico apenas a bater punheta, a ficar horas com meu pau na mão até ele cuspir leite. E quando termino, olho pro meu pau e sinto muito orgulhoso do punheteiro virjão que eu sou.
PUNHETEIRO, COMPULSIVO, VIRJÃO E ORGULHOSO.