"Salve, sou Julião, moro no interior da Bahia e sou pedreiro. Aprendi a profissão muito novo, e hoje aos 44 anos posso me gabar de ser um dos melhores da região. Cheguei a esse ponto com muita dedicação ao trabalho, muitas vezes trabalhando 12, 14 horas por dia. Na minha juventude, quase não tive tempo livre para curtir como os jovens da minha idade. Mulher? Só conhecia de revista, e eram elas que me aliviavam de um dia estressante no trabalho. Ao longo dos anos me tornei um pedreiro de excelência, mas também me tornei um super punheteiro. Todos os dias chegava em casa do trabalho e antes mesmo de comer, ia bater minha punheta. Em certa ocasião, estava na obra e precisei sair para comprar um material, quando retornei o servente que trabalhava comigo estava atrás de uma parede de tijolos com as calças até os joelhos, o celular numa mão e o pau na outra. Num primeiro momento me assustei, e ele assustou mais ainda. Sem ter o que falar, jogou o celular no chão, levantou a calça correndo e antes que eu falasse algo me pediu desculpa. Nesse momento só lembrei do tanto que eu tinha tocado punheta por conta de me dedicar ao trabalho, e minha reação, meio sem pensar, foi pegar o celular dele no chão, entregar e dizer 'termina aí rapá, depois a gente conversa'. Ele claro não terminou e voltou a trabalhar. Mas aquilo me ocupou a mente o dia todo. Até que a tarde tomei uma decisão. Fui ao barraco da obra (para quem não sabe, geralmente um barraco de madeira onde nós guardamos nossas coisas e deixamos roupa e marmita) e de lá enviei uma mensagem dizendo que queria falar com ele. Claro que ele espantou, afinal de contas estávamos na obra e era apenas eu chamá-lo pra conversar, mas resolvi enviar a mensagem. Quando ele chegou, eu estava com as calças até os joelhos, celular numa mão e o pau na outra. Camarada se assustou, mas eu disse 'termina sua punheta irmão, senão eu vou me sentir muito mal'. Meio sem jeito ele tirou o pau pra fora e tocou uma punheta também. Ao terminar eu disse pra ele que era punheteiro, tocava todo dia e sabia bem que quando a necessidade bate, o homem precisa se aliviar. E que a partir daquele dia a punheta era liberada na obra. No começo ele espantou, mas depois de me pegar punhetando algumas vezes, resolveu se entregar também. Ao terminar a obra e pegar uma empreitada maior, resolvi não perder o que havia conquistado, e montei um pequeno barraquinho ao lado do barraco maior. Quando os demais pedreiros e serventes que trabalham comigo perguntaram, eu disse que ali era pra bater punheta, e que bater punheta fazia o trabalho render mais. E até hoje em toda obra que vou, contrato serventes e pedreiros que sejam assumidamente punheteiros para trabalhar comigo. A liberdade de sacar
meu pau pra fora e punhetar na hora que eu quiser não irá me tirar."
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