Fracassado. Perdedor. Derrotado. São adjetivos muito comuns para homens que se dedicam a masturbação (imagino que, se você está aqui, você se dedica muito mais a se masturbar do que a ter relações sexuais). Mas, isso é real? Até que ponto o que está por trás desses adjetivos é verdade?
Todos nós já lemos na internet que "se você é um perdedor, você tem que bater punheta". Mas será que punheta é coisa de perdedor mesmo? Nesses anos de estrada conheci muita gente punheteira, alguns que mesmo com vida sexual ativa batem muita punheta, outros que não possuem uma vida sexual tão ativa assim. Na verdade, possuem vida sexual ativa, mas não com outros parceiros. E é nesse segundo caso o foco do meu bate papo com vocês. Muitos desses raramente fazem sexo com outras pessoas, alguns já fizeram e não fazem mais, outros nunca fizeram. E isso pode passar a imagem de fracassado, derrotado. O homem não consegue sexo e precisa se masturbar, a ponto de se viciar na prática. A maioria são caras tímidos, muitos estilo nerds. Também é muito comum nesse meio caras que convivem com fimose. Muitas vezes essas condições dificulta o contato sexual com outras pessoas.
Eu sempre fui muito tímido, e era tido como um nerd entre meus amigos. Quando saíamos ainda na adolescência, todos tinham histórias de relação sexual, ou pelo menos mostravam interesse em outras pessoas. Eu era mais fechado, não conseguia chegar em outras pessoas a procura de sexo, apesar de sim, ter vontade. O tempo foi passando e meus amigos todos perderam a virgindade, menos eu. Eu me sentia um fracassado, derrotado, um perdedor. Enquanto todos já haviam transado, eu me acabava em bater punheta, 3, 4, 5 e às vezes mais vezes por dia. Aos 18 anos me surgiu a oportunidade de fazer sexo pela primeira vez, apesar da timidez, o sexo estava praticamente em minhas mãos. Não dava pra recusar, mas acabei recusando. Não sei o que houve na hora, fiquei com medo de tentar comer alguém e não conseguir. Ali eu tive a certeza que era sim um derrotado, que tinha uma pica que não servia pra nada. Uma pica que ficava dura, mas só servia pra bater punheta. Batia punheta com os amigos e ela estava dura, mas na hora de pegar alguém, nada acontecia. Me reclusei cada vez mais em minha timidez, e me dediquei mais ainda a punheta. Várias por dia, todos os dias. Eu gozava e sentia que precisava de mais, e batia outra pra gozar. E assim era o dia todo. Minhas revistas viviam com as páginas grudadas, até ter meu primeiro contato com a internet. Ali conheci pessoas, pessoas que batiam punheta o dia todo. Algumas porque não saíam com ninguém, outras porque gostavam mesmo. Tinham caras inclusive que acabavam de transar e iam se masturbar. Eles eram perdedores também?
E conheci o edging, que confesso, mudou minha vida sexual. As 5, 6 punhetas diárias se transformaram em uma só (pra que bater um monte de punheta se eu posso bater uma que não se acaba?). E comecei a perceber uma coisa: eu tinha o poder de ter o meu pau duro pra gozar 5, 6 vezes por dia, e também tinha o poder de ficar 2, 3 horas com o pau duro na mão (na época eu nem imaginava que dava pra conseguir muito mais). E poucos homens conseguem isso. O homem quando vai transar dura de 5 a 10 minutos, goza, o pau amolece, e ele para. Daí pensei, quem é o fracassado, o perdedor? Eu tenho uma rola que fica dura um tempão, que cospe quanto leite eu quiser, seja 10 vezes por dia ou uma única vez durante muito tempo. E conheci um camarada nesse meio tempo (isso já com mais de 20 anos de idade), e resolvi, já que eu nunca tinha transado com ninguém, ia transar com ele. Ledo engano, no caminho parei no banheiro de um shopping e tinham 2 caras se acabando numa punheta, eu nem pensei duas vezes e saquei minha rola dura e comecei a punhetar. Quando dei por mim, já tinha dado bolo no camarada pra ficar punhetando. Pedi desculpas, marquei de novo e, ao entrar no banho pra ir encontrá-lo, me perdi novamente na punheta. Mas tudo bem, gozei mas minha rola não amoleceu. Mas resolvi tocar outra punheta, e quando vi, já tinham passado horas. Então eu percebi ali que todo esse tempo não era a timidez que me atrapalhava a fazer sexo, e sim o meu gosto pela punheta.
Confesso, tentei outras vezes, mas a punheta sempre falou mais alto. Porra, transar 5 a 10 minutos pra que, se posso ficar muito mais tempo na punheta? E me indaguei "fracassado, perdedor? Nunca, eu seria perdedor se deixasse de bater punheta pra transar, não o contrário!".
A questão é que muitas vezes arrumamos desculpas para nos encaixar nos padrões da sociedade. A timidez, a fimose, nada disso é impeditivo para praticar sexo. Na verdade, você, eu, batemos punheta porque gostamos. E se você está aqui, provavelmente você se masturba muito além da média de outros homens, porque, ao contrário deles, seu pau não dura 10 ou 15 minutos. Seu pau dura muito mais. Você não é um fracassado, você é um vencedor! Então meu irmão, para de paranoia e vai se acabar na punheta!
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