Esse relato que vou contar aqui é bastante interessante, porque eu conheço o autor. Certo dia estava em casa batendo uma punheta, e a campainha tocou. Olhei pelo olho mágico e era o zelador do prédio onde moro com um embrulho nas mãos, um homem de 51 anos. Coloquei uma bermuda e fui atendê-lo. Quando abri a porta, ele olhou assustado, e então que percebi que meu pau estava durasso apontando pra frente. Fiquei bastante sem graça, pedi desculpas e peguei o embrulho. Horas depois desci do apartamento e o encontrei na portaria, claramente sem graça, cumprimentei e saí. Ao retornar, novamente encontrei com ele, e enquanto esperava o elevador ficou um clima bem estranho. Então me senti na obrigação de falar com ele, me desculpei novamente e disse que não era intenção de atendê-lo daquela maneira, eu não percebi que estava daquele jeito. Ele apenas sorriu e disse que não tinha problema, isso era normal, ele como homem entedeu o que houve. Quando o elevador chegou e eu estava entrando, percebi que ele falou baixo, meio envergonhado "a gente que mora sozinho precisa se aliviar mesmo, é o único jeito". Empurrei a porta do elevador e resolvi que iria entrar no papo com ele. Ele então completou:
- Eu sei que você mora sozinho, não vejo ninguém entrando no prédio, então precisa se aliviar. Sei como é, também estou na mesma situação há muitos anos.
Ali eu resolvi confessar a ele o que estava fazendo. Disse que realmente estava me aliviando, e fui além, disse que era meu único alívio. E veio a surpresa:
- Rapaz eu casei muito novo, com menos de 20 anos. Quando eu tinha 23 anos eu fiquei viúvo, com um filho pequeno, e sem família aqui no Rio de Janeiro pra me ajudar a olhar. O menino ficava o dia todo na creche enquanto eu trabalhava, e a noite eu ficava por conta dele, dava banho, comida e colocava pra dormir. Não tinha a menor possibilidade de arrumar uma mulher, a não ser nas revistas que eu comprava, era a única forma de me aliviar.
Como ele parou de falar após isso, rersolvi perguntar pro assunto não morrer: "E quando o senhor foi arrumar uma mulher?"
- Rapaz, os anos passaram, meu filho cresceu e eu nunca mais saí pra arrumar mulher. Fiquei igual você assim, sozinho, nem procurei mais ninguém.
Eu percebi que era a segunda vez que ele enfatizava o fato de eu morar sozinho, e comparar isso com o fato de punhetar pra se aliviar. Na hora pensei que ele era um dos nossos, então falei: "o senhor fez bem, bater punheta (pela primeira vez usei essa expressão) é bem melhor que fazer sexo. Eu só me alivio assim, batendo punheta, e bato todo dia, viciado mesmo". E ouvi:
- Eu bato punheta há 28 anos todos os dias, fiquei viciado também. Saio daqui, vou pra casa e me acabo vendo pornô. Meu filho falava que preciso arrumar uma mulher e sair mais de casa, mas o dia que peguei ele batendo punheta ele parou de me cobrar. Eu tô com 51 anos, não preciso mais me casar, mas meu filho tem 31 anos, tinha que arrumar uma mulher, mas nunca arrumou. Cansei de ver roupa dele suja de porra pra lavar mas fiquei na minha.
Cara, nessa altura meu pau já tava durão novamente, o papo tava me deixando num tesão do caralho, então ele soltou:
- Um dia ele saiu do quarto pra comer alguma coisa, entrei lá sem ele ver e o computador estava num negócio de Masturbador. Comecei a mexer e vi que é uma coisa só de caras que batem punheta e não querem saber de sexo, caras sozinhos asim igual você (novamente ele disse isso). Quando ele entrou no quarto novamente ele tomou susto, perguntou o que eu tava fazendo lá e eu disse que nada. Saí do quarto e deixei ele lá. Depois perguntei porque ele não arrumava uma mulher, ele desconversou, mas depois confessou que eu era o maior ídolo dele, e eu não precisei de mulher pra seguir minha vida, e ele também não precisa.
Pow, na hora nem pensei e falei de repente: "teu filho é punheteiro cara, puxou o pai". Ele riu meio sem graça, e balançou a cabeça como se concordasse. Não falei com ele que sou o autor do blog, mas todas as vezes que tenho oportunidade falo pra ele que vou subir pro apartamento pra bater uma, e pergunto se ele tem se aliviado. Depois desse dia, tivemos altos papos de punheta.